domingo, 3 de julho de 2011

Vaga-lumes

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus. Mateus 5:16

  Como nós, crianças, nos divertíamos nas noites quentes de verão, perseguindo pequenos vaga-lumes pelo quintal, apanhando-os e colocando-os dentro de potes de vidro! Havia sempre uma decepção quando entrávamos em casa e víamos que essas pequenas luzes eram simplesmente insetinhos feios. Contudo, quando já estávamos na cama, com a luz do quarto apagada, observávamos o piscar de uma e depois outra luzinha no pote, acendendo e apagando.



Durante anos, não me lembrei daquele tempo. Cresci e fui para a África com meus dois filhos e, certa noite, enquanto estávamos sentados nos degraus do lado de fora, na escuridão total, notei uma cintilação entre os arbustos, depois outra e mais outra. As crianças passaram muitos minutos felizes, tentando pegar os tremeluzentes insetos.

Muitos anos depois, novamente encontrei os pirilampos. Não fazia muito que estávamos em Uganda, quando tive meu primeiro caso de malária. Primeiro, notei a dor nos ossos. Depois, começaram os calafrios; meus dentes batiam e os maxilares doíam. Começou a febre. A cabeça e a nuca doíam, e me senti mal. No meio da noite, comecei a ter alucinações. Com febre, não conseguia saber quem eu era nem onde estava. Fiquei assustada. Nesse momento, deitada, com febre alta, sentindo mal-estar e medo, vi uma brilhante luzinha movimentando-se no teto. Meus olhos a seguiram pelo quarto. Depois vi outra, e mais outra. Minha mente começou a clarear, e percebi que aquilo que estava vendo eram os pequenos vaga-lumes de Deus. O medo me deixou e uma paz profunda tomou conta de mim. Dei graças a Deus por Sua resposta ao meu clamor temeroso.

Que Deus maravilhoso nós temos! Ele prepara Suas criaturinhas para que partilhem sua pequena luz a fim de guiar-nos na escuridão. Ele cuida de cada uma de nós e nos envia Sua luz para que saibamos disso. Sendo que Ele Se importa tanto conosco, devíamos estar sempre prontas e dispostas a partilhar nossa luz com alguém que esteja chorando em meio ao temor e à escuridão, para mostrar o caminho que leva à verdadeira luz. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. 

Quem Me segue, nunca andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12, NVI).

Frances Osborne Morford

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